"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

- Charles Chaplin

20 de junho de 2014

Crítica | X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido


Depois de uma série de altos e baixos, a franquia X-Men ganhou uma sobrevida em X-Men: Primeira Classe. Dias de Um Futuro Esquecido chega para nos recordar dos bons tempos do início da franquia e consolidar a nova fase dos mutantes.



Sinopse: No futuro, os mutantes são caçados impiedosamente pelos Sentinelas, gigantescos robôs criados por Bolívar Trask (Peter Dinklage). Os poucos sobreviventes precisam viver escondidos, caso contrário serão também mortos. Entre eles estão o professor Charles Xavier (Patrick Stewart), Magneto (Ian McKellen), Tempestade (Halle Berry), Kitty Pryde (Ellen Page) e Wolverine (Hugh Jackman), que buscam um meio de evitar que os mutantes sejam aniquilados. O meio encontrado é enviar a consciência de Wolverine em uma viagem no tempo, rumo aos anos 1970. Lá ela ocupa o corpo do Wolverine da época, que procura os ainda jovens Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) para que, juntos, impeçam que este futuro trágico para os mutantes se torne realidade.

X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido é a renovação de uma franquia que completa 13 anos em 2014. Depois dos excelentes X-Men e X-Men 2, a franquia amargou os terríveis X-Men 3 e X-Men Origens: Wolverine. Com o competente Wolverine Imortal e o surpreendente X-Men: Primeira Classe, a franquia voltou à sua boa qualidade inicial. E Dias de Um Futuro Esquecido é justamente a consolidação de tudo que há de bom na franquia dos X-Men.

Com uma história simples inspirada em um clássico arco dos quadrinhos, o filme traz de volta os amados personagens da franquia clássica e suas personas do passado apresentadas em Primeira Classe. A coexistência das versões de duas eras com o aclamado Wolverine de Hugh Jackman como fio condutor resulta em uma mistura fantástica.


A maioria dos personagens têm o tempo de tela necessário. Mesmo o Wolverine, que nos dois primeiros filmes da franquia (também dirigidos por Bryan Singer) roubava todos os holofotes, nesse divide a tela com o talento dos sensacionais James McAvoy e Michael Fassbender. Suas versões do futuro, os sempre competentes Patrick Stewart e Ian McKellen, continuam versões impecáveis dos rivais e velhos amigos das HQs. Professor X e Magneto foram HQs em movimento em todos os filmes da franquia, e aqui estão novamente impecáveis.


O Mercúrio de Evan Peters, que todos temiam ser o ponto fraco do filme devido ao visual ruim, rouba a cena. Sua cena em ação pode ser comparada, nas devidas proporções à épica cena da invasão da Caça Branca com o Noturno em X-Men 2.


O maior acerto de Dias de um Futuro Esquecido é saber qual a sua proporção necessária. O filme não tenta ser grandioso em nenhum momento, com grandes batalhas, excesso de personagens ou algo do tipo. Ele simplesmente dedica-se a contar a história com qualidade, algo que o roteiro faz com maestria, apesar de ser simples.

Como um ponto negativo, pode-se destacar o pouco uso de alguns personagens que mereciam mais tempo de tela, como a Tempestade, Homem de Gelo e o Colossus, além do Bishop, que mal aparece.

Em termos de efeitos especiais, o filme destaca-se como o melhor da franquia. Todos os poderes são bem representados, com destaque para o Homem de Gelo (finalmente como os fãs queriam ver), Blink e o supracitado Mercúrio.


X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido vem para limpar a bagunça dos filmes anteriores e criar uma infinidade de novas possibilidades para a franquia X-Men. O futuro voltou aos trilhos, e um passado promissor nos aguarda nos próximos filmes, algo que a cena pós-creditos deixa bem claro.

O futuro pode ser um mistério, mas, diferente do que o título diz, será difícil esquecer do futuro dos X-Men, cheio de aventuras marcantes, altos e baixos e, por que não, cheio de nostalgia.



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