A reunião dos brucutus dos anos 80 traz de volta muita coisa que a gente sentia falta no cinema de ação, mas ainda falta alguma coisa que ficou lá pela década em que Frankie goes to Hollywood cantava "Relax!".
A sinopse: Ray Breslin (Sylvester Stallone) é a maior autoridade existente ao se falar em segurança. Após analisar diversas prisões de segurança máxima, ele desenvolve um modelo à prova de fugas. Quando é preso, Ray é enviado justamente para a prisão que criou. Lá ele precisa encontrar uma brecha não imaginada até então, que permita sua fuga.
Vamos às vias de fato, então. Desde os anos 80 quando Rambo e Terminator estavam estourando bilheterias e o cinema testosterona estava em máxima evidência, os fãs dessa vertente clamavam por uma reunião de Mr. Sylvester Stallone e Mr. Arnold Schwarzenegger, algo que só veio a acontecer em 2010, em Os Mercenários.
Depois, os vovôs da pancadaria voltaram a se reunir em Os Mercenários 2, mas essa grande reunião jamais poderia ser ofuscada por vários outros astros brucutus. E então surgiu Rota de Fuga, filme de 2013 que acabou de chegar no mercado de Home Video, e o que será que surgiu dessa mistura?
Pra começar, tem que se elogiar o trabalho do ainda desconhecido direto Mikael Hafstrom. Diretor de poucos filmes de suspense e ação, Hafstrom soube trazer a atmosfera certa para o filme. Sem exagerar na homenagem ao estilão clássico de ação dos anos 80, o filme acaba pendendo para um estilo de ação mais da era "Jason Statham e Jet Li", o que nem de longe é algo ruim. Reverenciar o clássico é uma ótimo, mas respeitar os avanços é necessário.
Vamos aos habituais pontos positivos e negativos do filme:
- Pontos Positivos:
A reunião - Ver Stallas e Schwarzzas juntos é incrível. Vale a pena ter o filme na prateleira pelo simples encontro entre essas duas lendas. E os dois até interpretam, acredite se quiser.
O visual - Os efeitos são convincentes e o visual do filme é bem bacana. Remete aos filmes mais modernos de prisão enquanto acrescenta uma pegada futurista.
As cenas de ação - Stallas, Schwarzzas e cia. distribuem bons sopapos, mas nas cenas de ação dos dois ainda há algumas faíscas. Remetem bem aos bons tempos e deixam um gosto de quero mais.
Jim Caviezel e Sam Neill - Também conhecidos como Jesus do Mel Gibson e tiozinho do Parque dos Dinossauros, os dois são os melhores atores da película. O primeiro como um diretor inescrupuloso e o segundo como um médico que duvida dos próprios métodos, ambos criam uma boa credibilidade para o filme e são igualmente competentes em suas interpretações.
- Pontos Negativos:
O roteiro - Começa a decolar, entra no espaço aéreo... e termina em queda livre. Quando o roteiro parece que vai te convencer, ele começa a te entediar. Nada que o carisma dos tiozões não segure, mas é uma queda que dá umas belas contusões.
A dinâmica - As interações entre boa parte do elenco, tirando é claro os tiozões e os veteranos Neill e Caviezel, são muito perdidas. A maioria só está lá por estar, mas todo filme de prisão precisa de um certo carisma dos coadjuvantes, e Rota de Fuga peca nesse quesito.
A trilha sonora - Tem horas que parece boa, mas é bem esquecível. Faz falta uma boa trilha dos anos 80 numa hora dessas...
Rota de Fuga é um bom filme, graças a alguns bons atores, mas se não tivesse Rocky Balboa e o T-800 no elenco, seria mais um desses filmes de ação que criam teias de aranha na prateleira da locadora. Os vovôs da testosterona conseguem segurar um filme com o carisma, mas infelizmente ainda não encontraram um roteiro que honre o encontro de duas lendas.
Trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário